Você sempre usa o GPS para se locomover? Você esqueceria algum aniversário se não fosse o aviso das redes sociais? Precisa pesquisar na Internet o nome daquele ator que você não lembra na hora de recomendar um filme para um amigo? É verdade que a tecnologia facilita a vida de várias maneiras, mas o uso constante das ferramentas digitais faz com que você deixe de aplicar uma tática que traz agilidade ao seu cérebro: a técnica de memorização.
É o que pesquisadores chamam de “efeito Google”: usamos tanto a Internet que, consequentemente, reduzimos nossa flexibilidade cognitiva — ou seja, a capacidade da memória de recuperar os dados acumulados. De acordo com pesquisas publicadas na revista World Psychiatry, as novas tecnologias estão afetando a capacidade de atenção, os processos de memória e a cognição social.
O problema com a ajuda imediata da Internet é que ela prejudica a capacidade de associar ideias, ter uma perspectiva global do mundo, tomar decisões corretas ou resolver problemas. Por isso, exercitar alguma técnica de memorização é essencial para manter a plasticidade cerebral. Quer conhecer alguns métodos? Então confira nossas dicas que vão te ajudar a reter melhor as informações.
Antes de colocar em prática a técnica de memorização, você precisa saber que existem dois tipos de memória:
No entanto, é importante observar que nem toda a informação que passa pela memória de trabalho permanece na memória de longo prazo, pois o cérebro tende a eliminar informações que não considera necessárias. Segundo o psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus, depois de uma hora, metade do que foi aprendido é esquecido; um dia depois, você se lembrará de apenas 30% das informações e, após um mês, os dados armazenados serão limitados a 10%. O nome dessa teoria é curva do esquecimento.
É mais fácil lembrar de um infográfico ou de um texto simples? A resposta varia de acordo com a pessoa, pois nem toda técnica de memorização tem o mesmo efeito na retenção. É o que Edgar Dale, um pedagogo norteamericano, chama de “cone of experience”, ou aprendizagem experiencial. Essa teoria é explicada em seu livro Audiovisual Methods in Teaching: as pessoas se lembram melhor do que vivenciam ou colocam em prática.
Tal pensamento é reforçado por um estudo da Universidade Rockefeller. Segundo os pesquisadores, as pessoas lembram até 35% do que cheiram, 5% do que veem, 3% do que ouvem e 1% do que tocam. Assim, apesar de os sentidos serem uma ferramenta fundamental para motivar a memória e reter informações de forma mais eficaz, eles possuem diferentes “poderes” de evocar memórias.
Confira abaixo como a técnica de memorização pode ser influenciada pelos cinco sentidos humanos:
Afinal, o cérebro é como um músculo: quanto mais você o treina, melhor ele funciona. Portanto, é fundamental trabalhar a plasticidade cerebral e a técnica de memorização para continuar aprendendo coisas novas.
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