Você tem muitas informações, mas não sabe como organizar e priorizar suas ideias? Existe algum projeto em que precise de propostas inovadoras ou pontos de vista diferentes? O pensamento analítico figura como principal habilidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial. Isso porque aprender a lidar com desafios e encontrar soluções criativas faz parte da postura ideal diante de um cenário de intensa transformação tecnológica. Além disso, espera-se que, até 2027, 44% das habilidades atualmente requisitadas percam importância. Ao invés disso, haverá maior demanda por novas formas de pensar e de agir frente aos desafios futuros.
A inteligência artificial, por exemplo, deve afetar 40% dos empregos no mundo, conforme uma pesquisa recente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Diante deste cenário, no qual é necessário inovar e pensar de forma analítica, um mapa mental pode ser muito útil.
Popularizados pelo psicólogo britânico Tony Buzan, estes diagramas permitem que as pessoas pensem de forma criativa e analítica ao mesmo tempo. A seguir, descubra em detalhes o que é mapa mental, como criar um e as vantagens dessa ferramenta visual.
Um mapa mental é uma representação visual que ajuda a organizar tarefas, ideias, palavras ou conceitos em torno de um conceito central. Imagine que, a partir desse ponto central, as informações se ramificam livremente, permitindo que você visualize as conexões entre diferentes tópicos. Essa estrutura reflete o jeito natural como nosso cérebro funciona: por meio de associações e de forma não linear.
Esta ferramenta gráfica pode incorporar formas, setas, cores e outros elementos visuais para facilitar a compreensão. O objetivo é oferecer uma visão panorâmica de um assunto que permita explorar totalmente suas conexões e detalhes, semelhante a uma fotografia em 360 graus.
Com esses mapas, você consegue representar ideias e conceitos de forma visual, conectando-os por meio de palavras-chave, cores e imagens. O objetivo desta técnica de estudo é transformar informações complexas em diagramas simples, estimulando tanto a memorização quanto a criatividade.
Afinal, quem está por trás dos mapas mentais que usamos hoje? O conceito moderno de mapa mental foi popularizado pelo psicólogo britânico Tony Buzan, autor do livro The Mind Map Book. Nos anos 1970, Buzan desenvolveu e espalhou essa técnica como uma forma de potencializar a capacidade cerebral, melhorar a memorização e estimular a criatividade.
Mas a ideia de representar informações de forma gráfica não é exatamente nova. Na Grécia Antiga, o filósofo Porfírio de Tiro criou um diagrama em forma de árvore para ilustrar a hierarquia das categorias de Aristóteles. Essa representação visual mostra que, ao longo da história, a humanidade sempre buscou maneiras de organizar o conhecimento. Atualmente, existe até mesmo um concurso de mapas mentais que reúne mais de 200 candidatos vindos de vários países.
Essa ferramenta de aprendizagem possui diversas vantagens, que vão desde a retenção de informações até a melhora da produtividade. Veja por que vale a pena incluir os mapas mentais na sua rotina profissional ou acadêmica:
Facilitam a organização de ideias: com os mapas mentais, você consegue colocar todas as suas ideias em um só lugar, de forma visual e estruturada. Isso ajuda a enxergar o panorama completo e a identificar conexões que talvez passassem despercebidas em uma lista ou texto tradicional.
Aumentam a produtividade: ao visualizar suas tarefas e objetivos, fica mais fácil priorizar o que é realmente importante. Os mapas mentais permitem que você quebre projetos complexos em etapas menores, tornando a execução mais simples.
Estimulam a criatividade: por sua natureza livre e associativa, os mapas mentais incentivam o pensamento "fora da caixa", deixando fluir diversas conexões. Eles permitem que você explore novas ideias e caminhos, já que não há uma sequência rígida a seguir.
Melhoram a memorização e o aprendizado: ao envolver elementos visuais como cores, símbolos e imagens, os mapas mentais ativam diferentes áreas do cérebro. Isso facilita a retenção de informações e torna o processo de aprendizagem mais dinâmico.
Ajudam na resolução de problemas: os mapas mentais permitem que você visualize todos os aspectos de um problema, identificando causas, efeitos e possíveis soluções. Essa visão abrangente facilita a tomada de decisões e a elaboração de estratégias.
O passo a passo para criar um mapa mental depende, sobretudo, dos seus objetivos. Prefere usar cores fortes, imagens, puxar setas, fazer desenhos ou usar todas essas técnicas juntas? Experimente o que melhor funciona de acordo com suas necessidades. Veja um exemplo prático e confira algumas das principais diretrizes.
Imagine, por exemplo, que você queira fazer um mapa mental sobre a comunicação corporativa de uma empresa. Este tema genérico seria colocado no centro. Em torno dele, podem aparecer temas relacionados ou derivados, como clientes, publicidade, redes sociais, crise de reputação, comunicação interna, identidade corporativa ou comunicação com investidores. Entre esses subtemas, podemos criar estas relações:
Redes sociais e publicidade.
Identidade corporativa e comunicação interna.
Crise de reputação e clientes.
Agora veja como seria o passo a passo para criar o mapa mental sobre este tema:
Comece pensando no assunto principal que você quer explorar. Pode ser um projeto, um tema de estudo, planos pessoais... Escreva esse tema bem no centro de uma folha de papel ou na tela, se estiver usando um aplicativo. Esse será o coração do seu mapa mental. Neste caso, nosso tema central será a comunicação corporativa de uma empresa, mais especificamente, um plano de marketing.
Agora, pense nas principais ideias que se conectam ao seu tema central. O que vem à mente quando você pensa nesse assunto? Desenhe linhas partindo do centro e anote essas ideias nas extremidades. Não se preocupe em seguir uma ordem específica e deixe as ideias fluírem. Seguindo o exemplo anterior, podemos destacar os canais de comunicação que iremos utilizar, as métricas, o orçamento, a buyer persona e os concorrentes diretos e indiretos.
Para tornar seu mapa mental mais atraente e fácil de lembrar, use cores diferentes para cada categoria ou subtema. Se quiser, adicione imagens, ícones ou até pequenos desenhos que representem suas ideias. A utilização de diferentes cores e formatos ajuda a diferenciar categorias, destacar informações e tornar o mapa visualmente atraente, ajudando na compreensão e retenção de dados. No nosso exemplo, as imagens podem dar uma ideia, por exemplo, de como serão as campanhas ou de quais recursos você precisará.
Conforme seu mapa mental cresce, você vai perceber que algumas ideias se relacionam entre si. Use linhas, setas ou símbolos para conectar essas informações, mostrando como elas se complementam. Isso ajuda a visualizar o quadro geral e a entender melhor as conexões entre os conceitos.
Os mapas mentais podem ser utilizados em diversas situações, seja nos estudos, no trabalho ou na vida em geral. Além disso, essa técnica pode ser combinada com outras, como o micro-learning e a técnica Pomodoro, potencializando a realização e o entendimento dos conceitos que você precisa.
Brainstorming e geração de ideias: use mapas mentais para capturar e organizar ideias durante sessões em equipe.
Análise de problemas: decomponha problemas complexos em partes menores, identificando causas, soluções e impactos.
Aprendizado e treinamento corporativo: facilita o entendimento e a retenção de informações ao criar materiais de treinamento.
Resumos de matérias: ao estudar para provas, crie mapas mentais que sintetizem os principais conceitos, fórmulas e informações.
Anotações de aula: durante as aulas, use mapas mentais para registrar as informações de maneira visual.
Aprendizado de idiomas: ao estudar um novo idioma, utilize mapas mentais para agrupar vocabulários, expressões e regras gramaticais.
Preparação para exames complexos: em preparações para vestibulares ou concursos.
Para criar mapas mentais que sejam realmente eficazes, aqui vão algumas dicas:
Simplifique as informações para facilitar a memorização: mantenha seu mapa mental claro e direto ao ponto. Use palavras-chave e frases curtas em vez de longos blocos de texto.
Use associações visuais para reforçar o conteúdo: incorpore cores, símbolos e imagens ao seu mapa mental. As associações visuais ajudam o cérebro a conectar ideias e a lembrar delas com mais facilidade.
Revise e atualize seus mapas mentais regularmente: seu mapa mental é uma ferramenta dinâmica. À medida que você aprende mais sobre o assunto, adicione novas informações ou ajuste conexões.
Utilize sites de mapa mental gratuitos: se você prefere criar mapas mentais digitais, existem várias ferramentas online que podem ajudar: Miro, MindMeister, Canva e Mapamental.app possuem versões gratuitas e prontas para usar.
Os mapas mentais são mundialmente conhecidos e validados por especialistas em memorização. Isso porque eles associam palavras-chave, cores e imagens, fazendo trabalhar diferentes áreas do cérebro. Além disso, o processo de criar um mapa mental envolve ativamente o aluno. Resultado: mais dinamismo nos estudos, sendo excelente para memorizar ou resumir grandes quantidades de informação.
Em um contexto em que os estímulos e distrações são frequentes, os mapas mentais nos ajudam a manter o foco, organizando as ideias em diagramas fáceis de entender. Com isso, é possível digerir melhor as informações, tanto profissionais quanto acadêmicas, além de estimular a criatividade e aprimorar a memorização.
Essa técnica imita o funcionamento do cérebro, que opera por associações e, por isso, é tão utilizada para fixar conceitos e obter novas perspectivas. Além disso, é uma ferramenta que aumenta a capacidade de resolver problemas e de tomar decisões informadas, competências altamente valorizadas no mercado de trabalho atual. Nesse sentido, é fundamental manter um processo de aprendizagem contínua e contar com ferramentas visuais para compreender e organizar as informações de forma mais eficaz.
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