Você sabe o que a ex-chanceler alemã Angela Merkel, a ex-premiê da Nova Zelândia Jacinda Ardern e a atual presidente do Banco Central Europeu (BCE) Christine Lagarde têm em comum? Além de serem exemplos de líderes globais, elas também possuem grandes habilidades de comunicação verbal e não verbal. Graças a essas competências, elas conseguiram ampliar a voz das mulheres e impulsionar a liderança feminina no mundo.
Saber transmitir uma mensagem utilizando não apenas as palavras certas, mas também a linguagem corporal adequada, é extremamente importante quando se trata de cargos de alta gestão, nos quais a maneira de se comunicar é um fator-chave para a interação com os interlocutores, chegando até mesmo a influenciar algumas de suas decisões. Quer saber o que é comunicação não verbal e verbal e que influência elas têm sobre a mensagem que queremos transmitir? Neste artigo, vamos te mostrar com exemplos que você certamente já ouviu falar.
A comunicação verbal é tudo o que expressamos por meio das palavras. Já a comunicação não verbal é a informação que transmitimos por meio de gestos e da linguagem corporal. Embora não pareça, as palavras representam apenas 7% da comunicação, enquanto 55% estão relacionados com a comunicação corporal (movimentos e projeção corporal) e 38% com a comunicação paraverbal (como o tom de voz), de acordo com estudos do antropólogo Albert Mehrabian.
A importância da comunicação não verbal é tamanha que pode até mudar a percepção de toda uma conversa, como aconteceu no primeiro debate televisionado da história. Em 26 de setembro de 1960, John F. Kennedy e Richard Nixon debateram pela primeira vez na televisão americana. Aqueles que acompanharam a gravação pela TV consideraram que Kennedy saiu ganhando. Já quem ouviu o debate pelo rádio apontou Nixon como o vencedor.
A realidade é que Nixon não aceitou ser maquiado e seu rosto estava tão pálido diante das câmeras que ele parecia estar doente. Kennedy, ao contrário, tomou muito cuidado com sua aparência, o que fez com que ele estivesse um passo à frente desde o primeiro minuto do debate, apresentando também uma linguagem corporal que passava segurança e serenidade.
Da mesma forma, a mais recente eleição presidencial nos Estados Unidos é outro exemplo claro da importância da comunicação não verbal. Segundo uma análise do blog 20 Minutos, Biden transmite paz e tranquilidade por meio de uma linguagem corporal pacificadora.
Agora que você já viu o que é comunicação não verbal, que tal conferir alguns exemplos práticos e inspiradores? Como mencionamos no início deste artigo, algumas das líderes mundiais mais influentes (Angela Merkel, Jacinda Ardern e Christine Lagarde) têm uma coisa em comum: o domínio da comunicação verbal e não verbal em diversas situações. Cada uma tem um estilo diferente, mas todas elas são grandes exemplos de liderança feminina.
A chanceler alemã Angela Merkel se tornou uma das mulheres mais influentes da história recente. Após 16 anos à frente da Alemanha, ela deixou o cargo tendo cumprido uma trajetória notável não apenas no país, mas também em toda a Europa, o que fez com que muitos a considerassem a grande líder do continente europeu nos últimos anos.
Suas habilidades de comunicação verbal e não verbal desempenharam um papel importante em sua imagem como líder. Sua força, firmeza e segurança são alguns de seus traços mais reconhecidos. Além disso, sua neutralidade e clareza ao falar, assim como sua postura firme, reforçam sua posição de liderança de maneira contundente.
A fala tranquila e pausada, acompanhada de uma linguagem corporal apropriada, lhe rendeu a confiança dos eleitores alemães, que a viam como uma figura política segura de suas decisões e que parecia ter clareza sobre o caminho certo a ser seguido para atender aos interesses nacionais.
Jacinda Ardern, ex-premiê da Nova Zelândia, é outro exemplo de liderança do século XXI. Durante a crise do coronavírus, ela demonstrou mais uma vez suas habilidades políticas. Jacinda tomou medidas como reduzir o próprio salário em 20%, sendo a primeira a dar o exemplo no cumprimento das rigorosas restrições impostas para combater a Covid-19 no país. Tais gestos a colocaram entre as melhores chefes de Estado do mundo, juntamente com seus discursos focados na união e na empatia, além de um sólido domínio da comunicação não verbal.
Seu estilo renovado e moderno se afasta dos discursos políticos tradicionais, aproximando-a dos cidadãos de seu país e permitindo conquistar sua confiança. Com naturalidade e sem rodeios, ela nunca teve medo de expor publicamente sua vulnerabilidade e humanidade.
Sua fala é acolhedora e carregada de inteligência emocional, mostrando-se mais rigorosa ou compreensível conforme a ocasião. Enquanto esteve no cargo de primeira-ministra, Jacinda demonstrou ter sempre um domínio total das técnicas atuais de liderança: honestidade, transparência, ação decisiva e comunicação não verbal aberta, o que fez com que sua mensagem pudesse ser ouvida no mundo todo.
Christine Lagarde é um dos exemplos mais contundentes de liderança feminina no século XXI. Depois de se tornar a primeira diretora-executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2011, hoje ela é a primeira mulher a presidir o Banco Central Europeu (BCE), tendo enfrentado, logo de início, um grande desafio: unir um BCE totalmente dividido — um feito alcançado graças à sua postura serena e ao seu carisma.
"Grit your teeth and smile" ("Seja forte e sorria") é uma das frases mais conhecidas de Lagarde, sendo uma herança de sua experiência com nado sincronizado, o que, sem dúvidas, moldou seu temperamento. Alguns de seus valores mais arraigados são a força de vontade, o compromisso e a disciplina, perceptíveis em cada um de seus discursos.
O cuidado com a aparência é outra das características de sua comunicação não verbal, que transmite um carisma muito poderoso. Tudo isso, ao lado de sua determinação, faz com que as decisões econômicas mais difíceis sejam compreendidas e aceitas devido à confiança que Lagarde passa.
A comunicação verbal e a não verbal são totalmente complementares: ambas se retroalimentam para dar um significado mais amplo e compreensível a uma mensagem. Porém, como mostramos acima, a comunicação não verbal tem uma influência bem maior do que muitas pessoas imaginam.
Por isso, quem ocupa um cargo de alta gestão ou é líder em qualquer organização precisa ter um bom domínio de ambos os tipos de comunicação. Isso porque o que é comunicado por meio da linguagem corporal tem um efeito direto no que é expresso verbalmente. Levando em conta que a comunicação é um elemento essencial em qualquer empresa, é necessário saber como se conectar com os interlocutores em todos os âmbitos. Só assim é possível desenvolver processos eficazes e sem obstáculos, além de alcançar os objetivos desejados.
Com o objetivo de impulsionar, empoderar e promover o talento feminino para alcançar a igualdade efetiva, o Banco Santander, em parceria com a London School of Economics and Political Science (LSE), lança uma nova edição do Curso Santander | SW50 2025, destinado a 50 mulheres em cargos de alta gestão.
Este ano, o programa de liderança feminina contará com edições locais em 11 países (Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, EUA, Espanha, México, Polônia, Portugal, Reino Unido e Uruguai) para encontrar as 50 melhores diretoras de cada um destes locais, um total de 550 mulheres líderes.
50 mulheres de cada país serão as vencedoras da edição local e farão parte de uma comunidade excepcional de mulheres líderes de todo o mundo. Elas terão acesso a um curso online sobre liderança feminina, ministrado pela London School of Economics and Political Science (LSE), e também terão a oportunidade de participar de um evento com as demais vencedoras de sua edição local.
Entre as 550 mulheres dos SW50 locais, a LSE escolherá 50 finalistas para realizar o programa presencial em Londres. Neste curso global do SW50, ministrado de forma presencial no campus de Londres da prestigiosa London School of Economics and Political Science (LSE), elas irão adquirir as ferramentas, estratégias e habilidades necessárias para trabalhar e aprimorar seu próprio estilo de liderança.
Tudo isso através de conferências interativas, tutoriais individuais e debates com especialistas de alto nível da LSE e demais colegas. Além disso, as participantes receberão sessões de coaching individuais e em grupo e viverão uma experiência única de networking.
O curso cobre 100% do custo do programa de formação, bem como a estadia em Londres durante as datas do programa. Não é necessário ter diploma universitário nem ser cliente do Banco Santander.
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