A inteligência emocional no ambiente de trabalho é, sem dúvidas, uma das habilidades de comunicação que um bom líder deve dominar. Saber interpretar uma situação e tomar atitudes condizentes com ela, buscando a melhor maneira de se comunicar com as pessoas, é crucial para construir ambientes e equipes de alto desempenho.
Tal habilidade vem se tornando cada vez mais importante na atualidade, uma vez que a alta competitividade do mercado exige que os profissionais não só tenham os conhecimentos técnicos necessários, mas também habilidades como empatia, adaptabilidade e determinação. Assim, é possível compreender melhor os integrantes do seu time, aprender a se relacionar com eles e identificar suas necessidades para melhorar a comunicação e a produtividade.
Quer saber mais sobre inteligência emocional, o que é essa habilidade e como ela pode influenciar seu rendimento no ambiente de trabalho? Então, continue a leitura, pois vamos te explicar tudo neste artigo.
Segundo Daniel Goleman, psicólogo considerado o criador do conceito de inteligência emocional, ela se constitui de:
A inteligência emocional no ambiente de trabalho é, certamente, uma das características mais valorizadas nos líderes do século XXI, independentemente da área de atuação e do contexto. De fato, existem atualmente vários CEOs e profissionais de alta gestão que mostram como essa habilidade é fundamental para liderar com sucesso.
Um exemplo é Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, para quem a segurança e o bem-estar de todos os seus funcionários vêm em primeiro lugar. Por isso, ele cuida pessoalmente de cada um dos incidentes de segurança que acontecem em suas fábricas, assumindo o posto em que se deu o ocorrido para averiguar o que pode ter acontecido de errado. Além disso, se compromete a arcar com todas as despesas dos colaboradores que sofrem lesões.
Outro grande exemplo de inteligência emocional no ambiente de trabalho é Indra Nooyi, ex-CEO da Pepsi. Em certa ocasião, Indra enviou notas de agradecimento aos pais de seus executivos, uma iniciativa responsável por gerar uma incrível sensação de satisfação e felicidade entre seus funcionários. Alguns deles, inclusive, chegaram a declarar que tal gesto foi a melhor coisa que aconteceu com eles na empresa. Graças a essa e a outras atitudes de gratidão, lealdade e humanidade, Nooyi conquistou 75% de aprovação interna e um aumento de até 80% nas vendas da PepsiCo.
Agora que você já sabe tudo sobre inteligência emocional, o que é e viu alguns exemplos práticos, é hora de conhecer seu objetivo. A inteligência emocional não visa controlar nossas emoções, ela nos permite lidar com situações e emoções incontroláveis. Para isso, utilizamos técnicas e estratégias que ajudam a refletir sobre qual é a melhor atitude a ser tomada em uma dada circunstância.
O próprio Daniel Goleman explica que, apesar da crença popular, a inteligência intelectual (QI) é responsável por apenas 20% do sucesso de uma pessoa, sendo a inteligência emocional (IE) responsável pelos 80% restantes. Um estudo da Capgemini, inclusive, aponta que a produtividade pode aumentar em 20% quando os membros de uma equipe utilizam corretamente a inteligência emocional no ambiente de trabalho.
No dia a dia, ao analisarmos as nossas próprias emoções, veremos que é comum experimentar sentimentos como irritação, raiva, desconfiança, tristeza, euforia e impotência a qualquer momento e nas mais diversas situações com colegas de trabalho.
Porém, existem diferentes técnicas para melhorar a inteligência emocional no ambiente de trabalho:
Ao implementar essas e outras técnicas, como o ensaio mental, o controle do pensamento e o raciocínio lógico, é possível melhorar muito nossa inteligência emocional. Assim, pouco a pouco, ela vai se incorporando a cada uma de nossas decisões, tanto ao lidarmos com os nossos próprios sentimentos quanto ao reagirmos aos sentimentos dos outros.
Segundo pesquisas recentes, há uma estreita relação entre inteligência emocional e desempenho no trabalho. Além disso, estudos revelam que as mulheres geralmente têm pontuação mais alta quando se trata de empatia, relações interpessoais e responsabilidade social, conforme aponta Daniel Goleman no livro O poder da inteligência emocional: Como liderar com sensibilidade e eficiência.
De fato, Indra Nooyi, por exemplo, ressaltou a importância de não negligenciar os sentimentos dos outros como um elemento fundamental para uma boa liderança, afirmando que “só porque você é um diretor não significa que você conquistou tudo. É preciso continuar aprendendo e melhorando a forma como você pensa e lidera sua organização”.
Jacinda Ardern, ex-premiê da Nova Zelândia, é outro exemplo de grande líder, tendo demonstrado inteligência emocional em sua gestão da pandemia de Covid-19 no país. Entre suas medidas, ela decidiu reduzir o próprio salário e o de seus ministros em 20%. Além disso, impôs um confinamento rigoroso, visando o bem-estar e a saúde de seus cidadãos. Em um gesto empático e inspirador, ela mesma dava o exemplo ao se mostrar trabalhando de casa.
No entanto, não foi a primeira vez que Jacinda Ardern provou ter domínio das técnicas de inteligência emocional. Após o ataque terrorista que seu país sofreu em 2019, Ardern assumiu o controle da situação demonstrando empatia com todos os afetados. Ao mesmo tempo, condenava explícita e firmemente os atos terroristas, mas sem recorrer ao ódio e à raiva, inspirando todo o país a trabalhar em conjunto e, assim, seguir em frente.
Além disso, sua faceta mais pessoal pode ser acompanhada pelo Instagram. Em seu perfil, enquanto esteve à frente do cargo de primeira-ministra, ela intercalava mensagens oficiais com publicações relacionadas às suas tarefas cotidianas, compartilhando seu dia a dia de trabalho de forma humanizada e próxima dos cidadãos neozelandeses.
Nos últimos anos, a inteligência emocional tem sido considerada a chave para o sucesso. Isso se explica pelo fato de que, quando adotada no ambiente de trabalho, ela ajuda a incrementar a produtividade e o desempenho dos times, conforme os exemplos mencionados acima. Ao aplicar técnicas de inteligência emocional no ambiente de trabalho, as lideranças conseguem, inclusive, aumentar a satisfação de seus colaboradores.
Nesse sentido, a liderança feminina vem ganhando destaque nas últimas décadas, pois consegue levar a inteligência emocional para o âmbito empresarial e promover atitudes muito positivas. Ou seja, a inteligência emocional é uma ferramenta a mais para criar equipes de sucesso.
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