De acordo com a 3ª edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos meses de abril e maio de 2023, o Brasil possui 19 milhões de pequenos negócios, dos quais 63% precisaram recorrer a fontes de financiamento externas.
Atualmente, existem muitas fontes de financiamento externas que podem ser utilizadas para apoiar as atividades de uma empresa. Se você deseja conhecer as opções disponíveis, explicaremos a seguir.
Uma fonte de financiamento externa consiste em todos os recursos econômicos que uma empresa pode obter com o objetivo de investir em seu próprio negócio. Ou seja, bancos, investidores e outras entidades emprestam dinheiro às empresas para que elas possam aumentar seu capital e, assim, cobrir suas necessidades. No entanto, ao contrário das fontes de financiamento internas, que provêm dos recursos gerados pela própria empresa, o capital de financiamento externo será devolvido com juros ao seu emissor na maioria das vezes.
De acordo com a pesquisa citada anteriormente, a proporção de pequenas e médias empresas nacionais que utilizam fontes de financiamento externas passou de 24%, em agosto de 2022, para 27% em janeiro de 2023.
Na Coletânea de Linhas de Crédito (edição 2022), elaborada pelo Sebrae, empresários de pequenos negócios de todo o país podem consultar e comparar as 221 linhas de crédito oferecidas pelas principais instituições financeiras.
Combinar percentuais de distribuição de financiamento externo e interno pode ser realmente benéfico para o crescimento e o bom funcionamento de uma empresa, embora um modelo de negócio com alto índice de capital externo possa ser perigoso. Atualmente, existe uma grande variedade de fontes de financiamento às quais as empresas podem recorrer. Estas se dividem em dois grandes grupos:
Existem muitas maneiras de obter capital externo de forma simples. No entanto, antes de recorrer a qualquer uma delas, deve-se levar em consideração o modelo de negócio, a quantidade máxima a ser financiada, o prazo de amortização, os juros, o período de tramitação e o risco ou as garantias exigidas. Abaixo, você encontrará alguns exemplos de fontes de financiamento externas às quais as empresas costumam recorrer regularmente.
Seu funcionamento é similar ao dos cartões de crédito, pois existe um limite máximo de capital ao qual a empresa pode recorrer a qualquer momento, podendo usar apenas os valores que realmente necessita.
A linha de crédito é uma fonte de financiamento externa com uma taxa de juros bastante elevada. Em contrapartida, oferece grande flexibilidade para gerenciar problemas de liquidez a curto prazo e, por isso, costuma ser usada como capital de giro em casos de emergência.
A pesquisa Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil, realizada pelo Sebrae, mostra que 23% dos pequenos empresários brasileiros solicitaram novos empréstimos em 2022. É um instrumento financeiro muito conhecido para iniciar um novo projeto, comprar novos equipamentos para aumentar a produção ou obter mais capital de giro, entre muitas outras razões.
Neste caso, o banco empresta o valor total acordado entre as partes. A empresa deverá pagar mensalmente tanto a parcela do capital emprestado quanto a quantia correspondente à taxa de juros estabelecida. No entanto, é possível recorrer tanto a empréstimos de curto prazo quanto de longo prazo.
Apesar de parecer o contrário, existem fontes de financiamento externo que não exigem o retorno integral do capital de forma tão rígida quanto os exemplos anteriores. As contribuições de capital inicial ou de ampliação por parte de sócios ou investidores externos permitem aumentar o capital de uma empresa sem a necessidade de contrair dívidas.
No entanto, o custo de capital dessa fonte externa de financiamento não é igual a zero. Em troca, os investidores que compram ações de uma empresa esperam receber um retorno futuro sobre os resultados da empresa. A distribuição de lucros é conhecida como dividendos e, embora não sejam obrigatórios, são necessários para manter a confiança dos investidores.
Um dos modelos mais inovadores de financiamento externo são o leasing e a locação. Ambos tiveram origem no início do século XX, embora só tenham começado a se expandir a partir dos anos 1960. Trata-se de um modelo de pagamento por uso que pode ser aplicado, por exemplo, na aquisição de maquinaria ou de veículos.
Especificamente, são modelos de aluguel nos quais se paga uma taxa pelo uso de um bem material. No leasing, o aluguel tem opção de compra, que às vezes é obrigatória. Já com o aluguel, paga-se apenas uma taxa pelo tempo em que se faz uso do objeto do contrato, sem a opção de compra e com a obrigação de devolvê-lo. Apesar de suas diferenças, ambas opções permitem o acesso aos bens sem a necessidade de ter que pagá-los integralmente.
O factoring permite que as empresas tenham mais liquidez ao negociar faturas que ainda não foram pagas devido a políticas de pagamento de longo prazo. Com essa fórmula, as empresas fazem um acordo com as instituições financeiras para que elas antecipem o pagamento das faturas em troca de uma comissão.
Dessa forma, as empresas podem obter liquidez e cobrir seus pagamentos de curto prazo sem a necessidade de recorrer a outras fontes de financiamento externas. Existem sete diferentes modelos de factoring e, por isso, é fundamental analisar qual é o mais adequado para cada objetivo de negócio.
O crowdfunding é outro modelo de financiamento externo que surgiu recentemente. Nesse caso, é construída uma rede de financiamento coletivo por meio da internet em que é apresentado um projeto, visando obter doações dos participantes para que a iniciativa siga adiante em troca de uma recompensa futura. De janeiro de 2022 a março de 2023, estes financiamentos coletivos captaram quase R$ 75 milhões para startups no Brasil.
Por outro lado, no crowdlending, semelhante ao crowdfunding, os participantes se tornam investidores e as doações se tornam empréstimos, de forma que as empresas obtêm capital de várias fontes de investidores individuais. No entanto, o valor obtido terá de ser devolvido com juros.
Como você viu ao longo do artigo, obter capital de fontes de financiamento externas é comum e necessário para o bom funcionamento das empresas. Encontrar o equilíbrio entre financiamento interno e externo, bem como escolher a fórmula mais adequada às necessidades de cada empresa, é crucial para obter o desempenho desejado.
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