Como você mede a felicidade no trabalho? Você se perguntou como as empresas conseguem ter trabalhadores felizes? Por que é que atualmente se fala cada vez mais de felicidade no trabalho? Para responder a estas e outras questões, devemos partir da psicologia e do seu estudo sobre as necessidades dos seres humanos.
Nestes últimos anos, vem crescendo o interesse em medir, analisar e compreender a felicidade através de diferentes fontes e meios. Isto tem acontecido especialmente no domínio empresarial, no qual a felicidade no trabalho pode ser definida como um estado de espírito que permite aos colaboradores ou empregados terem mais do que motivações econômicas para realizar seu trabalho diário.
As organizações estão cada vez mais conscientes do impacto que a felicidade no trabalho tem nos resultados, e garantir isso tornou-se parte da estratégia empresarial de muitas delas. Trata-se de uma estratégia de adaptação ao ambiente em mudança e exigente com que nos confrontamos.
Atualmente, abre-se o debate sobre o que as empresas podem nos oferecer para nos sentirmos felizes com os nossos empregos, as práticas tradicionais são questionadas e damos os passos para novos métodos. Do ponto de vista dos recursos humanos, passamos da captação para a retenção de talentos graças a estes novos métodos.
A VIII Pesquisa Adecco sobre a felicidade no trabalho, revela dados que demonstram que o dinheiro não é tudo. 67,1% dos entrevistados consideram que os trabalhadores com salários mais altos não são mais felizes apenas por esse motivo, enquanto 62,4% garantem que estariam dispostos a sacrificar o salário a favor da felicidade no trabalho. Então, por que os conceitos de dinheiro e felicidade são equacionados como se tivessem uma relação de causa e consequência?
Um conhecido estudo de Daniel Kahneman mostra que o limite econômico da felicidade está em € 60.000 por ano. Ou seja, a partir desse valor, o nível de felicidade diária não aumenta, mas se mantém. Então, se o dinheiro não está diretamente relacionado a um aumento da felicidade de forma sustentada ao longo do tempo, que outros fatores influenciam a percepção da felicidade no trabalho?
Existe uma grande variedade de práticas para se alcançar empresas mais felizes além de um aumento de salário. Por exemplo, flexibilizar horários para harmonizar a vida pessoal e profissional, o teletrabalho, a renovação dos móveis para uma estética mais agradável e para transformar o escritório em um espaço atraente.
Isso nos faz realmente felizes? O que sabemos até agora é aquilo que nos causa maior infelicidade. De acordo com Daniel Kahneman em seu livro Pensar rápido, pensar devagar, as quatro atividades que nos fazem sentir mais infelizes são:
Ir para o trabalho: acordar cedo, trânsito, transporte, etc.
Falar com os chefes: pressão, trabalho pouco valorizado, etc.
Trabalhar: embora tenhamos vocação, sentimos que temos a obrigação de trabalhar para sobreviver, o que o torna uma realidade insatisfatória. Ficamos frustrados ao trabalhar horas demais, ao ter que nos expor a barulhos incômodos, sentir a pressão do tempo, não atingir os objetivos, etc.
Voltar do trabalho pode ser estressante. Muitas vezes, enfrentamos longos congestionamentos no trânsito para chegar em casa e, uma vez em casa, temos dificuldade em separar a vida profissional da familiar.
Uma vez que não podemos evitar as quatro situações, na melhor das hipóteses, somente algumas delas, graças ao teletrabalho, temos que nos concentrar no que podemos fazer e no que tem efeitos positivos tanto no empregador como no empregado.
A motivação é um fator chave para manter a ilusão e ser constante na realização dos objetivos. Ter uma equipe motivada aumenta o desempenho e, portanto, tem um efeito direto sobre os benefícios da empresa.
É igualmente crucial que os trabalhadores se sintam reconhecidos pelo seu trabalho. Quando os responsáveis derem feedback, não devem se esquecer de se concentrar no positivo para reforçar comportamentos favoráveis e minimizar os menos desejados.
Oferecer a possibilidade de participar em projetos novos e estimulantes, dando a oportunidade de sair da rotina e aprender coisas novas, também é atraente para a maioria dos trabalhadores.
Finalmente, simplificar o processo de tomada de decisões, desarticulando as redes hierárquicas que marcam a direção da empresa, influencia os funcionários a se sentirem livres para administrar suas tarefas, sem precisar consultar cada passo que dão aos seus superiores.
O departamento de recursos humanos, juntamente com a gerência, são os encarregados e responsáveis por promover espaços onde os funcionários se sintam felizes. Essas atividades fazem parte da área de desenvolvimento de talentos.
Isso pode ser gerenciado tanto interna como externamente. Existem empresas que criaram estas estruturas e as dotaram de pessoas formadas e preparadas para enfrentar este desafio. Outras não têm isso implementado, mas também se preocupam em ser empresas mais felizes e preferem a opção de terceirizar.
Qual é a melhor opção? Aquela que tem a melhor intenção e vontade, e alocou recursos para esse fim. Não é tão importante se a pessoa que o gerencia for interna ou externa à organização, desde que tenha as informações necessárias, os recursos e o suporte para a implementação.
Algumas empresas, como Mahou San Miguel, perceberam a relevância desse fenômeno e criaram um departamento de felicidade, dirigido e coordenado por um gerente ou diretor de felicidade e uma equipe de suporte para a implementação de ações.
Outras empresas menores, como a Ethikos, publicam ofertas de trabalho para o cargo de diretor de felicidade da empresa. No fundo, é muito lucrativo. Pense: Quando você rende mais? O humor influencia a realização de seus resultados?
No entanto, uma das soluções implementadas pelas empresas que seguem um modelo de organização saudável e uma abordagem voltada para a felicidade no trabalho é a formação contínua, tanto para as pessoas responsáveis por essas funções como para os demais funcionários. A filosofia do Lifelong Learning evidência a necessidade de atualizar os conhecimentos para nos manter sempre ativos e competentes num mercado em constante mudança e pouco previsível.
Por isso que, aqui no Banco Santander, impulsionamos as Santander Open Academy. Trata-se de um programa de bolsas de estudo que oferece a oportunidade de prosseguir a sua formação ao longo da vida e adquirir novas habilidades, técnicas e estratégias através de metodologias de ponta, como learning by doing e online learning journeys, potencializando o prazer no processo de aprendizagem.
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