Você sabia que cerca de 60% das vagas de trabalho exigem que o candidato tenha conhecimentos em inglês? É o que aponta uma pesquisa realizada pela Page Personnel, empresa de recrutamento mundial. Além disso, de acordo com levantamento da Catho, quem fala inglês pode ganhar até 70% mais em comparação com profissionais que não dominam o idioma.
Tais números mostram que desenvolver habilidades idiomáticas é um requisito fundamental para ter sucesso no mundo do trabalho. Tendo isso em mente, falaremos neste artigo do que se trata a competência linguística, como desenvolvê-la e de que forma ela se aplica no âmbito profissional.
De acordo com o Glossário Ceale da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “competência linguística é um termo que denomina a capacidade do usuário da língua de produzir e entender um número infinito de sequências linguísticas significativas, que são denominadas sentenças, frases ou enunciados, a partir de um número finito de regras e estruturas”.
A competência linguística engloba a fala, compreensão oral e escrita. No que diz respeito à língua materna, trata-se de uma habilidade que incorporamos naturalmente quando começamos a falar na fase inicial de crescimento.
Nos anos 1950, o linguista Noam Chomsky não apenas corroborou com a ideia de que a competência linguística é um conhecimento limitado e implícito de sinais e regras gramaticais adquiridas por uma pessoa, mas também afirmou que a capacidade de combinar e usar esses sinais e regras é ilimitada graças à criatividade humana.
Quando se trata de adquirir ou aprimorar os conhecimentos de uma língua estrangeira, as habilidades linguísticas também são de grande relevância. Nesse caso, porém, ela é incorporada por meio de um processo de aprendizagem.
Assim como na aquisição da primeira língua, é importante se dedicar às diferentes habilidades linguísticas ao estudar um idioma estrangeiro para poder colocar em prática suas infinitas possibilidades. Nesse sentido, é possível distinguir quatro competências que devem ser desenvolvidas para dominar um idioma:
Treinar o ouvido e tentar decifrar o que está sendo dito é a primeira forma de colocar o cérebro em funcionamento e exercitar a associação e a memória. Isso nos permite memorizar novas palavras e sua pronúncia, as quais utilizaremos posteriormente para construir nossas próprias frases.
A escrita é, de fato, a última coisa que aprendemos em nossa língua materna e implica conhecer sistemas, tais como ortografia e gramática, além de requerer um árduo trabalho mental para a construção de sentenças.
Um ponto-chave ao começar a estudar um novo idioma é ter em mente que nenhuma competência linguística descrita acima pode ser negligenciada. O ideal, portanto, é elaborar um programa de estudos que contemple todas elas de maneira equilibrada.
É comum, por exemplo, sentir vergonha ou ter medo de errar ao falar uma nova língua. Porém, se você não praticar, seu aprendizado não será completo. Por isso, dedique o tempo necessário a cada habilidade e priorize aquelas que são mais difíceis para você.
O desenvolvimento da competência linguística influencia significativamente a forma como nos comunicamos com outras pessoas, razão pela qual aprimorá-la, tanto em nossa língua materna quanto em um idioma adicional, se torna uma tarefa imprescindível para uma comunicação plena em diferentes âmbitos.
Ter bons conhecimentos em uma segunda língua ou idioma estrangeiro traz benefícios que vão além da esfera profissional e das exigências do mercado de trabalho.
Em primeiro lugar, a língua é um dos veículos pelos quais se expressa e se reproduz a cultura de um grupo de pessoas. Ou seja, compreender como determinado grupo constrói sua comunicação nos aproxima de suas particularidades e costumes, o que nos permite ampliar nossas perspectivas e fomentar o respeito por outras formas de vida. Isso é, sem dúvidas, um bem extremamente valioso e que abre muitas portas em um mundo globalizado.
Além disso, o aprimoramento da competência linguística desenvolve nossa inteligência e capacidade de escuta. Ao aprender ou aperfeiçoar uma nova língua, estimulamos a memória e a abstração, uma vez que a necessidade de distinguir novos sons treina o cérebro para identificar diferentes tipos de fonemas, favorecendo, assim, nossa audição.
Quando aprendemos uma nova língua, é comum nos sentirmos desconfortáveis ao nos expressarmos, mesmo depois de muito tempo de estudo. Para melhorar a competência linguística e se sentir mais confiante, é importante aperfeiçoar as habilidades que tendem a causar mais dificuldades, como a fluência oral. Também é essencial priorizar a aprendizagem do idioma para uso no ambiente de trabalho, como o inglês para STEM ou negócios.
Além disso, vale continuar estudando mesmo que você tenha atingido um nível avançado. Isso porque, se deixar de praticar, é provável que você esqueça o que aprendeu. Nesse sentido, são inúmeros os benefícios do hábito da leitura para o nosso desenvolvimento. Qualquer que seja o seu nível de proficiência, tal prática permite estar em contato com a gramática e aprender um novo vocabulário, além de desenvolver o pensamento crítico. Para isso, existem plataformas e aplicativos que complementam e ajudam a reforçar a aquisição de habilidades linguísticas em todos os níveis.
Outra opção que ajuda a entender a cultura e treinar nossos ouvidos para distinguir os sons da língua estudada é assistir a séries ou filmes ou ouvir músicas no idioma em questão.
Como disse certa vez Ludwig Wittgenstein, o mais importante filósofo da linguagem dos últimos séculos, “os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo”. Em outras palavras, quanto mais desenvolvermos nossas habilidades linguísticas, mais amplas serão a compreensão e a perspectiva de tudo o que nos cerca.
Não há dúvidas de que na atual era da globalização, em que as possibilidades de comunicação e conectividade são infinitas, não basta ter habilidades linguísticas no idioma materno: também é fundamental dominar outros idiomas. Tal domínio favorece o desenvolvimento de outras competências essenciais no mercado de trabalho, entre elas a escuta ativa, a adaptabilidade e o pensamento crítico.
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