Diante das mais de 2.500 linguagens de programação e da variedade de metodologias e arquiteturas, selecionar os componentes ideais e garantir que os aplicativos sejam visualmente agradáveis e funcionais, conforme as exigências de cada projeto, é um desafio significativo tanto para empresas quanto para programadores e engenheiros.
Nos últimos anos, a arquitetura hexagonal de desenvolvimento de softwares ganhou destaque devido à sua flexibilidade, assegurando tanto a qualidade quanto a escalabilidade das soluções, além de manter uma clara separação entre a lógica de negócio e os aspectos técnicos do sistema. Quer saber o que é e como funciona a arquitetura hexagonal? Neste artigo, você encontra todas as informações para entender o assunto.
A arquitetura hexagonal, também conhecida como "arquitetura porta e adaptador", é uma metodologia de desenvolvimento de software criada por Alistair Cockburn, em 2005. Trata-se de uma proposta que defende a independência entre os diferentes componentes tecnológicos, garantindo uma fácil interconexão entre por meio de portas e adaptadores.
Dessa forma, seu objetivo é evitar alguns erros estruturais que normalmente ocorrem no desenvolvimento de software orientado a objetos. Por exemplo, é comum que os distintos módulos sejam muito dependentes uns dos outros, o que aumenta a complexidade e reduz a flexibilidade na hora de fazer mudanças ou trocas de componentes.
Da mesma forma, a arquitetura hexagonal também favorece a programação Clean Code ao manter totalmente separados a interface do usuário, a lógica de negócio e o servidor. Isso facilita a automação de testes, a manutenção e a correção de erros.
Nesta abordagem arquitetônica, os componentes de software são representados em forma de hexágono. No centro, está o núcleo da aplicação, cercado pelos diferentes módulos. Além disso, há um espaço suficiente entre eles para simbolizar as conexões entre os diferentes componentes.
Para entender como funciona a arquitetura hexagonal de software, é necessário identificar de maneira detalhada os componentes que sustentam essa metodologia de desenvolvimento. Nesse sentido, podemos diferenciá-los entre domínio, portas, adaptadores e infraestrutura.
O domínio ou núcleo está localizado na camada central do hexágono e contém toda a lógica de negócio do aplicativo, bem como as principais regras, restrições, comportamentos e modelo de dados. O domínio deve funcionar de forma independente das demais camadas.
Portas
As portas atuam como ponto de entrada e permitem a interação entre o núcleo do aplicativo e os adaptadores. Nesse contexto, são responsáveis por transmitir informações e fazer os adaptadores funcionarem. Pode haver tantas portas quanto forem necessárias.
É possível imaginá-las como uma porta USB na qual é possível conectar diferentes tipos de dispositivos.
Adaptadores
Os adaptadores permitem a comunicação entre os usuários e o núcleo, utilizando as portas como intermediárias. Eles podem ser substituídos sem que isso afete o núcleo, pois continuarão trocando informações graças às portas.
Esses adaptadores se localizam na camada de “infraestrutura”, posicionada na parte externa do hexágono. Eles contém todos os elementos de entrada e saída do aplicativo, possibilitando sua interação com serviços externos.
A arquitetura hexagonal possui diversos mecanismos que permitem que o software seja programado e mantido de forma flexível. Contudo, esta abordagem pode não ser adequada para todos os projetos e por isso é necessário avaliar como as suas vantagens e limitações se alinham às características e necessidades do próprio software.
A principais vantagens da arquitectura hexagonal são:
Por outro lado, a arquitetura hexagonal apresenta algumas limitações:
Desde o seu surgimento, em 2005, muitas empresas já adotaram a arquitetura hexagonal no desenvolvimento de seus softwares. Um ótimo exemplo disso é a Netflix, a popular plataforma de streaming. Você pode conferir todos os detalhes de como eles usaram essa metodologia neste blog da empresa.
Durante seu processo de crescimento, a Netflix precisou que seu software fosse cada vez mais independente. Por essa razão, a plataforma utilizou a arquitetura hexagonal para dividi-lo em serviços menores e mais específicos, com o objetivo de ampliar as possibilidades de seus desenvolvedores.
Outro objetivo era que o software tivesse a capacidade de trocar fontes de dados sem que isso afetasse sua lógica de negócio. Ao aplicar essa abordagem, conseguiram isolar a lógica central e deixar de lado preocupações externas. Agora, já é possível alterar as fontes de dados sem que isso cause um impacto significativo em seu núcleo.
Ao adotar a arquitetura hexagonal, a Netflix não só aprimorou seu desempenho como também estabeleceu-se como uma solução escalável. Essa abordagem também facilita que seus desenvolvedores tomem decisões mais acertadas a partir dos dados coletados em testes, que se tornaram mais simples de executar.
A arquitetura hexagonal é, sem dúvida, uma abordagem que permite projetar softwares de alta qualidade. Por isso, qualquer desenvolvedor ou profissional do setor deve conhecer esse tipo de metodologia se quiser lançar aplicativos competitivos no mercado e oferecer o desempenho que os usuários necessitam. Assim, atualizar conhecimentos e desenvolver novas habilidades é essencial para enfrentar os desafios atuais e crescer tanto pessoalmente quanto profissionalmente.
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